O QUE É??
Pneumonia é uma infecção nos
pulmões que afeta pessoas de
todas as idades, com predileção
por crianças pequenas, idosos
e portadores de doenças crônicas,
totalizando mais de 2 milhões de
casos por ano no Brasil, segundo
a Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia.
Pode acometer uma parte do pulmão
de maneira uniforme ou, então,
heterogênea, quando se denomina
broncopneumonia. Nessa doença,
os alvéolos pulmonares, que são
pequenos sacos de ar de onde o
oxigênio sai para atingir a corrente
sangüínea, se enchem de pus,
muco e outros líquidos. Com isso,
as células de todo o organismo não
recebem oxigênio em quantidade
suficiente, comprometendo o trabalho
de outros órgãos e sistemas orgânicos.
Como se não bastasse, o microrganismo
causador da doença pode ganhar a
circulação, determinando uma infecção
generalizada – a septicemia. Esses
riscos, portanto, tornam a pneumonia
uma moléstia bastante grave, a ponto
de ela estar entre as principais causas
de morte entre adultos.
Contudo, uma parte importante dos casos
fatais deriva das infecções nosocomiais, que
ocorrem durante internação hospitalar e
envolvem agentes mais agressivos e mais
resistentes a medicamentos. A possibilidade
de haver complicações na doença adquirida
na comunidade está relacionada com o
diagnóstico tardio, quando o tratamento
começa numa fase em que a pessoa já
está bastante debilitada. Quanto antes
a infecção é detectada, portanto, maiores
as chances de cura e menores os riscos
de problemas secundários.
SINTOMAS
Os sinais clínicos mais característicos
incluem febre alta, calafrios e tremores,
suores intensos, tosse produtiva, com
secreção de cor de ferrugem ou
esverdeada, dor no peito, respiração
e batimentos cardíacos rápidos e, em
casos mais graves, coloração azulada
nas extremidades, demonstrando
elevado comprometimento
respiratório, e confusão mental.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico depende da
história da pessoa e do exame
clínico, dentro do qual a ausculta
do pulmão com estetoscópio já
pode evidenciar sons compatíveis
com a infecção local.
A confirmação, contudo, depende
da realização de uma radiografia
do tórax, podendo ou não necessitar
de outros testes laboratoriais
complementares, como o exame
simples de sangue – o hemograma – ,
a análise de escarro e a cultura de
escarro e sangue, feitas
particularmente para buscar
pistas do tipo de agente implicado
com a pneumonia.
TRATAMENTO
O tratamento costuma ser feito
com antibióticos que servem para
combater um amplo espectro de
agentes infecciosos, pela
dificuldade de determinar com
precisão o microrganismo
causador da doença, uma
vez que, como a cavidade oral
das pessoas é povoada por uma
série de bactérias, o exame de
escarro pode fornecer informações
duvidosas. Essa conduta só não
vai ser efetiva para pneumonias
ocasionadas por vírus, que
costumam melhorar
espontaneamente, apenas com
as medidas de suporte necessárias
a todos os casos, como repouso,
boa alimentação, hidratação e,
eventualmente, medicamentos
para atenuar a tosse e a dor
no peito. Casos mais graves
podem requerer internação para
a administração endovenosa dos
antibióticos e recebimento de oxigênio.
PREVENÇÃO
As principais formas de prevenção são
recomendações simples: lavar as mãos,
não fumar, evitar aglomerações e se
vacinar. Atualmente, existem vacinas
disponíveis para a pneumonia
pneumocócica que, mesmo não
sendo capazes de prevenir todos
os casos de pneumonia, podem
evitar as formas mais graves.
Segundo o Ministério da Saúde
, a vacinação contra a gripe reduz
bastante as hospitalizações por
pneumonias e a mortalidade
global pela doença.
Por isso, devem ser vacinados
os grupos considerados mais
sujeitos às formas graves da
doença: gestantes, mulheres
com até 45 dias após o parto,
crianças de 6 meses a 2 anos,
profissionais de saúde, doentes
crônicos, pessoas privadas de
liberdade ou com 60 anos
de idade ou mais.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Auxiliar o paciente a tossir
produtivamente, apoiando
o seu tórax durante a tosse
e umidificando o ar para a
saída das secreções e
melhorar a ventilação
. Encorajar a ingestão de líquidos.
Administrar o antibiótico
prescrito pelo médico nos
intervalos de tempo corretos.
Observar o paciente para náusea,
vômito, diarréia, erupções e
reações nos tecidos moles.
Fornecer oxigênio, conforme
prescrito, para a dispnéia,
distúrbio circulatório,
hipoxemia ou delírio.
Monitorar a resposta
do paciente à terapia.
Encorajar o paciente a
repousar o máximo possível
Auxiliar o paciente a assumir
uma posição confortável e
mudar de posição com freqüência.
Avaliar o nível de consciência
antes que sedativos ou
tranqüilizantes sejam administrados.
Monitorizar a ingestão e excreção,
à pele e os sinais vitais.
Monitorizar o estado respiratório,
incluindo freqüência e padrão da
respiração, sons respiratórios
e sinais e sintomas de
angústia respiratória.
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