sábado, 4 de janeiro de 2014

Técnica de sondagem Nasogástrica e Nasoenteral

Passagem de sondas
Técnica Sondagem Nasogástrica

Verificar no prontuário para conhecer o paciente, escolher o tipo de sonda e a finalidade;

Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente/acompanhante, combine um sinal s/n;

Realizar exame físico dirigido: SSVV, nível de consciência, seios para-nasais, cavidade nasal e oral, tórax, abdômen, extremidades, pele;

Colocar o paciente em Fowler (DLE evita aspiração do conteúdo gástrico - relatos);

Organizar o material na mesa de cabeceira;

Colocar biombos e fechar a porta;

Realizar a lavagem básica das mãos e calçar luvas de procedimento;

Medir a distancia de introdução da sonda, colocando a extremidade da mesma do lóbulo da orelha ao ápice da pirâmide nasal e daí para baixo até o apêndice xifóide, mais 05 cm(dois dedos).

Introduzir 3ml de xilocaína geléia na narina escolhida (avaliar permeabilidade antes). Aguardar 5 minutos para efeito do anestésico (não usar anestésico em demasia);

Lubrificar os primeiros 8 cm da extremidade anterior da sonda com a geléia lubrificante.

Introduzir a sonda perpendicular ao ângulo da face, 90° . Importante deixar uma das saídas abertas para observar posicionamento pulmonar, mediante a ausculta do ar, a medida que progride a sonda.

Fletir a cabeça em direção ao tórax, caso sinta resistência, solicitar ao paciente que degluta;

Interromper a introdução da sonda se o paciente começar a tossir ou engasgar, observar cianose, angustia respiratória, e dispnéia. Recuar a sonda ligeiramente para trás caso ele continue tossindo;

Após o paciente relaxar, avançar cuidadosamente com a sonda enquanto o paciente engole a seco, até que a distância marcada com esparadrapo atinja a narina do paciente. Eructação pode evidenciar posicionamento esofágico;

Atenção: pacientes com alteração do nível de consciência poderão não apresentar esses sinais, mesmo com a sonda posicionada no pulmão.

Localização da sonda (testes)

Teste 1: Pedir ao paciente para falar, HUMM;

Teste 2:Examinar a parede posterior da faringe, com lanterna;

Teste 3:Conectar a seringa à sonda e aspirar verificando se reflui conteúdo. Se não for obtido o conteúdo gástrico, coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo (DLE) e aspire normalmente;

Teste 4 :Conectar a seringa à extremidade da SNG. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o hipocôndrio e, imediatamente abaixo do rebordo costal. Injetar 15 a 20 cm³ de ar, enquanto auscultar o abdome do paciente.

Teste 5: utilizando de fitas reagentes medir o Ph do conteúdo gástrico.

Ponto de decisão crítica: A ausculta já não é mais considerada um método confiável para verificar a colocação da sonda, pois uma sonda colocada inadvertidamente nos pulmões, na faringe ou no esôfago pode transmitir um som semelhante ao da entrada de ar no estômago (POTTER, 2005)

Fixação da sonda

Quando a sonda estiver colocada corretamente, fechar sua extremidade ou conectá-la à borracha de látex e bolsa coletora se para finalidade de drenagem;

Desengordurar a pele água e sabão no local da fixação. (benzina: avaliar risco-benefício);

Fixar a sonda: com um pedaço de fita hipoalergênica de ± 08 cm de comprimento, dividir esta tira ao meio longitudinalmente até aproximadamente 4 cm. Prender a outra extremidade no dorso do nariz e enrolar os cm das tiras em torno da sonda, no ponto onde ela emergir da narina. É A FIXAÇÃO IDEAL

Com auxílio de um canudo de material transparente ou tira de esparadrapo, fazer a marca feita anteriormente na sonda para medir a distancia de introdução da mesma, e fixar também sobre a região frontal.

Na criança, fixar no nariz ou na face do mesmo lado da narina onde foi introduzida a sonda, sempre com esparadrapo hipoalergênico.

Fazer relatório de enfermagem: data, hora estado geral paciente, exame físico dirigido, a via, o tipo da sonda que foi introduzida, a tolerância do paciente durante a manobra, a localização da sonda, aspecto do conteúdo gástrico, registrar se a sonda foi trocada, e a finalidade da mesma.

REMOÇÃO SONDA NASOGÁSTRICA

Material necessário: luva procedimento, gazes, gazes embebidas em água potável, copo com água potável, seringa 10ml, campo protetor, biombo, material de higiene oral e nasal, saco de lixo.

1- Explicar o procedimento ao paciente;

2- Avaliar as funções intestinais pela ausculta da peristalse e presença de flatos.

3- Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento e auxiliar o paciente a ficar em Fowler alto, proteger o tórax com um campo.

4. Com uma seringa na extremidade do cateter, provocar um fluxo na sonda de 10 ml de água;

5. Retire os adesivos que fixam a sonda, com auxílio das gazes umedecidas em água;

6.Peça ao paciente para segurar a respiração;

7. Fechar a sonda com auxílio de gazes, retirar a sonda de forma firme, mas delicada (quando passar a orofaringe, puxá-la mais rapidamente);

8. Quando possível, cubra e remova imediatamente a sonda;

9. Desprezar a sonda e material de drenagem. Medir e avaliar volume de líquido drenado;

10. Auxilie o paciente com cuidados orais meticulosos (higiene oral e nasal supervisionada) e limpe os resíduos de adesivos do nariz;

11. Fazer relatório de enfermagem;

12. Informe a mudança de dieta ao paciente;

NASOENTERAL

Tipos de sondas:

As sondas enterais são feitas de silicone, borracha ou poliuretano, possuem fino calibre e grande flexibilidade. Vantagens: reduz a irritação orofaríngea, a necrose pela pressão na parede do esôfago e traquéia, reduz o risco de lesão da cárdia e irritação esofágica distal e o desconforto ao engolir.

Para facilitar a passagem, algumas são carregadas de tungstênio e algumas necessitam de um fio metálico (guia ou mandril) para evitar que enrolem na região posterior da garganta. Possuem marcas radiopacas e peso na parte distal.

Possuem diferentes apresentação numeradas pelo calibre e comprimento, considerando se criança ou adulto.

Material necessário: Sonda nasoenteral com guia, lubrificante hidrossolúvel com anéstesico tópico, vaselina líquida, 3 seringas (03 e 20 ml), estetoscópio, campo, luva de procedimento, gazes, fita adesiva hipoalergênica, lanterna, espátula, equipo de soro, soro fisiológico 0,9% 250 ml, suporte de soro, biombo, caneta esferográfica, gazes umedecidas em água e sabão neutro, avaliar necessidade de benzina (risco x benefício) e régua

Técnica de sondagem nasoenteral

Durante o preparo do material, no Posto de Enfermagem, injetar 2 ml de vaselina liquida no interior da sonda, inserir o fio metálico (guia ou mandril) na sonda, verificar se a ponta do mesmo está bem ajustada dentro da extremidade distal da sonda. Limpar com gazes o excesso de vaselina.

Medir o comprimento da sonda a ser introduzida: do lóbulo da orelha ao ápide da piramide nasal, daí ao apêndice xifóide, marcar com caneta esferográfica, depois acrescentar de 20 a 30cm e marcar com esparadrapo.

Lubrificar a narina do paciente conforme a técnica de SNG.

Lubrificar uns 10 cm da extremidade da sonda com a geléia lubrificante e introduzir obedecendo os mesmos passos da técnica descrita para SNG, até a marca feita com a caneta e depois até a marca de esparadrapo.

Remover o mandril do interior da sonda.

Testar a localização da sonda no estômago.

Fixar a sonda com esparadrapo hipoalergênico idem SNG na pirâmide nasal.

Se o objetivo da localização da sonda for o duodeno ou o jejuno:

a) administrar medicação antiemética (metroclopramida, bromoprida) por via endovenosa CPM (± 30 minutos antes da técnica);

b) Colocar o paciente em decúbito lateral direito (DLD) por 2 horas e após este período, alternar freqüentemente com DL e DD;

Logo após a passagem da sonda, com o paciente em DLD; instalar na sonda soro fisiológico 0,9%, em gotejamento lento (em torno de 20 gotas/min.);

c) Após duas horas, solicitar ao médico realização de Rx simples de abdome, para confirmar a localização da sonda nasoenteral.

OBS.: A alimentação e medicação via sonda enteral só poderão ser administradas após confirmação da localização da sonda.

Fazer relatório de enfermagem, descrevendo data, horário e finalidade do procedimento, via de acesso, tolerância do paciente durante o procedimento, localização da sonda, manobras posturais, irrigação para facilitar a migração e também se a sonda foi trocada.

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